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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

TRANSFUSÃO DE CONCENTRADO DE HEMÁCIAS NÃO MELHORA OFERTA TECIDUAL DE OXIGÊNIO

Trabalho realizado nos EUA mostrou que a administração de concentrado de hemácias em pacientes com choque séptico não aumenta a ScVO2. O delta ScVO2 aumentou 4,5% nos pacientes que receberam CH e 3,1% naqueles que não receberam (p= 0,625), sugerindo que o uso de concentrado de hemácias não melhora a oxigenação tecidual.

Ref: J Emerg Med 2012; 43:593-598

Flávio E. Nácul – Artigos comentados

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Doença de Kawasaki

Também conhecida como Mal de Kawasaki é uma doença que ataca a pele, boca e linfonodos e afeta mais frequentemente crianças com menos de 5 anos de idade. A causa é desconhecida, mas se os sintomas forem reconhecidos precocemente as crianças afetadas podem se recuperar completamente em poucos dias. Em caso contrário, quando não tratadas cedo, a doença pode levar a sérias complicações inclusive a problemas cardiácos.

kawasaki

A Doença de Kawasaki não é contagiosa nem hereditária e pensa-se que possa ser uma doença auto-imune. Algumas características estão presentes na doença:

  • Idade - crianças entre os 2 e 5 anos de idade
  • Sexo – mais comum entre os meninos 
  • Etnia – mais comum entre os asiáticos
  • Estação do ano - mais comum no inverno e nas primeiras semanas da primavera

Sintomas da doença de Kawasaki:

  • febre alta
  • vermelhidão severa nos olhos
  • conjutivite bilateral não purulenta
  • erupções na barriga, tórax e genitais
  • lábios edemaciados, vermelhos e secos
  • língua edemaciada de coloração avermelhada e saburra branca
  • dor de garganta
  • dispnéia presente ou não 
  • palmas das mãos edemaciadas com solas dos pés de cor vermelho-púrpura
  • iinfarto de gânglios linfáticos

Na segunda fase da doença, entre o 12º e 21º dias, a criança pode desenvolver:

  • Descamação da pele das mãos e dos pés, especialmente nas pontas dos dedos
  • Dor nas articulações
  • Diarréia
  • Vómitos
  • Dor abdominal

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Inauguração da sala de Telemedicina – Convite

Meus Caros professores e alunos da Medicina-UNIR,

no próximo dia 20, será inaugurada no Campus a nossa sala de Telemedicina, envolvendo os projetos da RUTE (Rede Universitária de Telemedicina) e do TELESSAÚDE.

Receberemos a visita do professor Luiz Messina, coordenador nacional da RUTE.

É de extrema importância que a comunidade acadêmica esteja envolvida e engajada neste projeto dentro da UNIR. As possibilidades de aprendizado, de relacinoamento com outras instituições e de trazermos para nossos alunos uma nova dimensão de oportunidades.

Mas para isso ser possível, nós precisamos ser capacitados.

Por isso, peço a cada um de vocês que recebam com carinho e atenção este convite. Todos compartilhamos das mesmas dificuldades, inclusive em relação aos horários. Mas acho que o momento exige e merece um pouco de sacrifício.

Teremos 3 encontros com o Prof Messina, e todos os professores estão desde já convidados a todos!

Dia 19 (4a feira) à tarde, estaremos no campus, na sala da RUTE (na Dired), em reunião focando a parte técnica, a estruturação do núcleo na UNIR, o funcionamento no dia a dia, etc.

Ainda no dia 19 (4a feira) à noite (19 hs), teremos uma reunião com os professores, para que possamos todos entender e conhecer as ferramentas disponíveis. Já mencionamos anteriormente os SIGs, grupos de interesse com temas variados que a RUTE possui. Para que nossos alunos possam participar e ter acesso, é necessário que solicitemos nossa participação, e que o professor de cada área coordene esta participação em reuniões periodicamente. Sem isso, teremos uma sala sem utilidade.

Assim que confirmarmos o local, aviso. Mas por favor, já programem a data.

No dia 20, as 9h, no Campus, será feita a inaugiraçao formal da sala, e após isso conheceremos as instalações e como funcionam. Ainda neste momento o professor Messina poderá dar as últimas orientações .

Peço mais uma vez a todos que participem neste momento. Acredito ser esta uma ferramenta tão (ou mais) importante para nós professores quanto para os alunos, desde que saibamos aproveitar.

Por favor repassem este e-mail a médicos, alunos e preceptores. Estão todos convidados a participar.

Um grande abraço a todos,

Serbino

Dr. JOSÉ WILSON SERBINO JR.

Especialista em cirurgia do joelho e artroscopia

Professor de Ortopedia e Traumatologia

Universidade Federal de Rondônia- UNIR

(69)3223-2055; (69)8116-0004

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Triângulo de Calot Vs Tríade de Charcot

Qual a diferença?

Apesar de terem pronuncias parecidas, podem gerar confusão e possuem conceitos distintos:

Triângulo de Calot – Próximo a loja hepática, é delimitado superiormente pela artéria cística, medialmente pelo ducto hepático comum e inferiormente pelo ducto cístico.

Tríade de Charcot – Dor abdominal, febre com calafrios e icterícia.

Sendo que adicionando 2 sintomas a Tríade de Charcot, passa a ser chamada de Pêntade de Reynolds - Dor abdominal, febre com calafrios, icterícia, hipotensão (choque séptico) e confusão mental.

Ref: Brunetti A, Scarpelini S. Abdômen agudo. Medicina (Ribeirão Preto) 2007; 40 (3): 358-67, jul./set.

Texto: Diego Jordão Lino Dias – Medicina UNIR.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Falecimento do Dr. Mario López

mario lopezNo último dia 19, a SOMITI – Sociedade  Mineira de Terapia Intensiva comunicou que o Professor Dr. Mario Lopez, 79 anos, faleceu. O médico foi um dos ícones da medicina intensiva, pelo seu desempenho para o fortalecimento e a evolução dos procedimentos nas unidades de terapia intensiva.

 

A sua dedicação no Departamento de Clínica Médica, da Faculdade de Medicina da UFMG foi fundamental para a formação de profissionais médicos. O seu diferencial como educador foi a ênfase no raciocínio clínico. Formou professores e pesquisadores.

 

Deixa a todos os profissionais que atuam na medicina vários trabalhos e pesquisas publicadas com focos em  Tratamento Intensivo e Semiologia Médica.

Fonte: AMIB

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Respiração Paradoxal - Tórax Instável

Respiração paradoxal – geralmente secundário à instabilidade da caixa torácica por fraturas múltiplas de arcos costais – 3 ou mais.

O vídeo mostra a parte afetada da parede torácica movendo-se para dentro durante a inspiração.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Síndrome de Hutchinson-Guilford ou Progeria

A síndrome de Hutchinson-Guilford, mais conhecida como progeria, uma doença degenerativa, é caracterizada pelo envelhecimento precoce.

Seus principais sinais externos são a perda de cabelo, pele enrugada, perda de gordura., baixa estatura, olhos proeminentes e crânio de grande tamanho. Normalmente, os pacientes morrem por volta dos 12 anos devido a complicações cardíacas e neurológicas.

progeria

Síndrome de Burnout

Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil.

Os sintomas básicos dessa síndrome seriam, inicialmente, uma exaustão emocional onde a pessoa sente que não pode mais dar nada de si mesma. Em seguida desenvolve sentimentos e atitudes muito negativas, como por exemplo, um certo cinismo na relação com as pessoas do seu trabalho e aparente insensibilidade afetiva.

Finalmente o paciente manifesta sentimentos de falta de realização pessoal no trabalho, afetando sobremaneira a eficiência e habilidade para realização de tarefas e de adequar-se à organização.

Esta síndrome é o resultado do estresse emocional incrementado na interação com outras pessoas. Algo diferente do estresse genérico, a Síndrome de Burnout geralmente incorpora sentimentos de fracasso. Seus principais indicadores são: cansaço emocional, despersonalização e falta de realização pessoal.

Quadro Clínico da Síndrome de Burnout

1. Esgotamento emocional, com diminuição e perda de recursos emocionais
2. Despersonalização ou desumanização, que consiste no desenvolvimento de atitudes negativas, de insensibilidade ou de cinismo para com outras pessoas no trabalho ou no serviço prestado.
3. Sintomas físicos de estresse, tais como cansaço e mal estar geral.
4. Manifestações emocionais do tipo: falta de realização pessoal, tendências a avaliar o próprio trabalho de forma negativa, vivências de insuficiência profissional, sentimentos de vazio, esgotamento, fracasso, impotência, baixa autoestima.
5. É freqüente irritabilidade, inquietude, dificuldade para a concentração, baixa tolerância à frustração, comportamento paranóides e/ou agressivos para com os clientes, companheiros e para com a própria família.
6. Manifestações físicas: Como qualquer tipo de estresse, a Síndrome de Burnout pode resultar em Transtornos Psicossomáticos. Estes, normalmente se referem à fadiga crônica, freqüentes dores de cabeça, problemas com o sono, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquiarritmias, e outras desordens gastrintestinais, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, etc.
7. Manifestações comportamentais: probabilidade de condutas aditivas e evitativas, consumo aumentado de café, álcool, fármacos e drogas ilegais, absenteísmo, baixo rendimento pessoal, distanciamento afetivo dos clientes e companheiros como forma de proteção do ego, aborrecimento constante, atitude cínica, impaciência e irritabilidade, sentimento de onipotência, desorientação, incapacidade de concentração, sentimentos depressivos, freqüentes conflitos interpessoais no ambiente de trabalho e dentro da própria família.

Fonte: PsiqWeb

sábado, 21 de abril de 2012

Sinal "Sister Mary Joseph"

nod-mj

O sinal "Sister Mary Joseph” ou Irmã Maria José é uma massa umbilical de natureza metastática.

Trata-se de um pequeno nódulo firme, indolor e avermelhado em cicatriz umbilical. Este nódulo é achado raro ao exame físico e pode ser o primeiro sinal de neoplasia intra-abdominal avançada, geralmente inoperável.

A observação do nódulo da “Irmã Maria José” deve ser considerada indicador de neoplasia intra-abdominal cuja origem pode ser principalmente o trato gastrointestinal (52%) ou ginecológico (28%).

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Projeto - Monitoria de Semio

Monitoria, uma prática cooperativa

Educação é uma prática social. Parafraseando Paulo Freire, ninguém educa ninguém e ninguém se educa sozinho, as pessoas se educam em comunhão. Falar em comunhão é pensar a educação como uma prática social de cooperação e não de competição. É preciso estimular práticas cooperativas dentro da escola, garantindo socialização de saberes entre os educandos e não apenas na educação receptiva centrada no professor.
     Nessa perspectiva é que se insere o projeto de monitoria na escola. Espaço de cooperação em que os educandos da oitava série do Ensino Fundamental, primeira e segunda séries do Ensino Médio assumem a docência para compartilhar saberes das disciplinas de Química, Física e Biologia com os colegas. Não como um espaço em que o aluno “mais forte ajuda o mais fraco”, mas em que o ensinar está indissociavelmente ligado ao aprender.
     A associação entre os aprendizes tem um objetivo comum: o aprender. E este aprender não se resume apenas aos conteúdos relativos a fatos e conceitos, pois o aluno, ao assumir a docência na monitoria, envolve-se com conteúdos procedimentais - ao elaborar as aulas e até experimentos ilustrativos - e atitudinais.

De colega para colega 

Os monitores reúnem-se, em turno oposto às aulas, periodicamente com os colegas da sua sala para tirar as dúvidas, reexplicar os assuntos com uma linguagem mais próxima da do seu colega. Além disto, os monitores podem coletar informações sobre as dificuldades de alguns colegas para auxiliar o professor na ação junto aos educandos que demonstram dificuldade durante as aulas. A nossa experiência com a monitoria tem demonstrado que o monitor pode se constituir em um excelente canal de comunicação entre o educador e a sua turma.
   

Do orientador para monitores

Além dos encontros com os colegas, os monitores têm reuniões semanais com o professor-orientador da monitoria para tratar dos avanços, dificuldades e desafios da prática com os colegas na monitoria. Mas, além disso, nestas reuniões formamos grupos de estudo para discutir temas de interesse comum. Um desses temas foi: “Educação e cooperação: em que perspectiva se insere a monitoria?”

terça-feira, 17 de abril de 2012

Sinal de Forchheimer

Sinal de Forchheimer

  • Descrição: máculas ou petéquias localizadas na transição entre palato duro e o palato mole.

  • Principal(is) doença(s) associada(s) : faringo tonsilite estreptócócica; escarlatina;  rubéola.

  • petéquias

Dislipidemia – Arco corneal

Arco corneal

É uma opacificação branco-acizentada da periferia da córnea.[1] Representa um sinal particularmente sensível do quadro de hipercolesterolemia familiar (HF), especialmente quando detectado em pessoas com menos de 50 anos de idade, quando é denominado, também, de arco juvenil. O lipídio primariamente identificado nesta lesão é o colesterol esterificado. Por outro lado, o arco senil não é específico da hiperlipidemia, uma vez que é mais comumente observado em idosos e naqueles com descendência africana.[2] Mais de dois terços dos homens e mulheres na faixa dos oitenta anos apresentam arco corneal.[3] Embora a maioria dos casos seja bilateral, o arco unilateral também tem sido observado em associação à estenose da artéria carotídea[3] e na síndrome de Sturge-Weber.[4] Assim como com outros sinais, descritos abaixo, de níveis elevados dos lipídios plasmáticos, não há dados que apóiem uma associação entre o arco corneal e o risco de doença cardíaca coronariana (DCC) que seja independente da hiperlipidemia.

arco corneal

Referências bibliográficas
  1. Zech LA Jr, Hoeg JM. Correlating corneal arcus with atherosclerosis in familial hypercholesterolemia. Lipids Health Dis. 2008 Mar 10;7:7
  2. Patterson L. Arcus senilis: an important forensic physical finding. Am J Forensic Med Pathol. 1982;3:115-118. Resumo
  3. Fernández A, Sorokin A, Thompson PD. Corneal arcus as coronary artery disease risk factor. Atherosclerosis. 2007;193:235-240. Resumo
  4. Velten IM, Budde WM, Naumann GO. Unilateral arcus lipoides cornae with contralateral Sturge-Weber syndrome. Br J Ophthalmol. 2000;84:1433.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Lesão em Asa de Borboleta do Lupus Eritematoso Sistêmico

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Critérios diagnósticos do LES

Na tabela a seguir estão os critérios do Colégio Americano de Reumatologia de 1982 modificados. Deve ser utilizada por médicos

1. Erupção malar:
Eritema fixo plano ou elevado sobre as regiões malares e dorso do nariz.

2. Lesão discóide:
Placas eritematosas com escamação aderente,comprometimento dos pelos e cicatrização com atrofia.

3. Foto-sensibilidade:
Erupção cutânea que aparece após exposição à luz solar.

4. Úlceras orais:
Ulceração de nasofaringe ou boca vista por médico.

5. Artrite:
Não erosiva comprometendo duas ou mais articulações periféricas.

6. Serosite:
Pleurite documentada por médico; pericardite documentada por ECG ou médico.

7. Desordem renal:
Proteína na urina maior do que 500mg por dia ou +++ em exame comum; cilindros de hemácias, granulosos, tubulares ou mistos.

8. Desordem neurológica:
Convulsões ou psicose na ausência de outra causa.

9. Desordens hematológicas:
Anemia hemolítica, menos de 4000 leucócitos/mm3 em 2 ou mais ocasiões, menos de 1500 linfócitos/mm3 em 2 ou mais ocasiões, menos de 100.000 plaquetas/mm3 na ausência de outra causa.

10. Desordens imunológicas:
Anti-DNA positivo ou anti-Sm positivo ou falso teste positivo para lues (sífilis) por mais de 6 meses com FTA-ABS normal.

11. FAN positivo:
Na ausência de uso das drogas que podem induzir lúpus.

Sinal de Cullen

Mancha hemorrágica periumbelical na Pancreatite Hemorrágica.

sinal de Cullen

Diagnóstico Diferencial

  • Hemorragia intraperitoneal por rutura de baço.
  • Hemoperitôneo espontâneo por rutura de carcinoma hepatocelular concomitante a cirrose.
  • Coagulopatia

sábado, 31 de março de 2012

Dermatomiosite

 Em muitos pacientes, o primeiro sinal de dermatomiosite é a presença de lesões de pele que coçam e queimam, sem outros sintomas;
- Placas vermelhas ou roxas (violáceas), principalmente nas áreas expostas    ao Sol.
- Pálpebras violáceas, que são descritas como heliotropo, pois são semelhantes à flor do heliotropo.
- Manchas violáceas um pouco elevadas nas elevações ósseas, principalmente nas mãos, que são chamadas de pápulas de Gottron.
- Cúticulas rachadas e vasos proeminentes nas pregas das unhas
- Descamação no couro cabeludo e cabelos finos podem ocorrer. Menos comumente pode haver poiquilodermia, isto é, a pele se torna atrofiada (branca, fina), vermelha (com vasos dilatados) e acastanhada (manchas que ocorrem após a inflamação).